Por Euro Filho
Assessoria de Imprensa FSMJD
O Circo Voador recebeu nesta segunda-feira (14), o Festival Marielle Franco. O evento marcou a passagem de 4 anos da execução da vereadora e seu motorista, Anderson Gomes. A realização foi do Instituto Marielle Franco que montou uma programação com roda de conversa, diversas atrações musicais e intervenções artísticas.
As atividades iniciaram às 16 horas com o debate sobre o tema: “Estamos Prontas: a radical imaginação política das mulheres negras”. Quem tocou a conversa foi a diretora do Instituto Anielle Franco, a jornalista e doutora em ciência da informação – Bianca Santana e a internacionalista e mestre em ciência política – Tainah Pereira. O vereador de São Paulo, Eduardo Suplicy, juntou-se às debatedoras perto do fim da conversa.
O assassinato de Marielle e Anderson ainda suscita uma série de questionamentos como quem mandou executar o crime e por quê? A família e membros do Comitê Justiça por Marielle e Anderson ainda não foram recebidos pelo Governador do Rio, Claudio Castro. Mesmo após reiterados pedidos de Audiência Pública. Soma-se a isso as constantes trocas de delegados no comando das investigações, o que pode afetar negativamente a elucidação do caso. A última troca ocorreu no início do mês de março de 2022.
A coordenadora da Associção Juízes para Democrcia (AJD-RJ) e membra do Comitê Facilitador do FSMJD, Raquel Braga, participou do Festival. Em depoimento para o portal da Associação, ela falou sobre a postura da AJD em dialogar com os movimentos que pedem rigor e rapidez no andamento das investigações, além de destacar a atuação de diversos associados no debate sobre o punitivismo estatal. “Na verdade, o que nós observamos é que o Estado é muito ágil com os vulnerabilizados, encarcerando-os rapidamente, e num crime em que uma liderança dos vulnerabilizados é brutalmente assassinada o Estado tem uma omissão absolutamente inaceitável. Então, são 4 anos de omissão”, afirmou.
Somos mais de 150 movimentos e organizações que integram o FSMJD e que apostam na reunião de forças progressistas, democráticas, populares e humanistas para construir saídas para a construção de Sistemas de Justiça mais democráticos, livres do racismo, da lawfare, da pactuação com desigualdades, da discriminação de LGBTQI+ de povos indígenas, quilombolas e ribeirinhos, entre outras.
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