O FÓRUM SOCIAL MUNDIAL JUSTIÇA E DEMOCRACIA manifesta o seu repúdio ao modelo bolsonarista de governança – incitador da violência e selvageria – e conclama a população brasileira à mobilização social. Jair Bolsonaro ignora padrões de civilidade e não cansa de animalizar e instrumentalizar as pessoas. Recorrentemente, suas falas agridem as populações vulnerabilizadas, pretendem fragilizar as instituições republicanas e desrespeitam as individualidades por motivo de raça, cor, crença, gênero, orientação sexual, etc. Em vez de cuidar da segurança alimentar do povo brasileiro, seu governo miliciano promove o armamento das classes favorecidas, sempre dispostas a fazer injustiça com as próprias mãos. Com o desvio funcional das forças institucionais, empodera a violência estrutural que tem vitimado milhões de pessoas no Brasil, sendo o jornalista Dom Phillips, o indigenista Bruno Pereira, a menina catarinense, a procuradora Gabriela Barros e o vereador Renato Freitas as vítimas mais recentes e notórias. Bolsonaro quis transferir para Bruno e Dom a culpa por terem sido assassinados no seu governo, que defende o genocídio das populações originárias, a destruição da Amazônia, o enriquecimento ilícito de madeireiros ilegais e grileiros, a instrumentalização da fé religiosa, a difusão e o entranhamento do fascismo. Filiados a essa escola da barbárie, a juíza Joana Zimmer despreza o dever de proteção da infância e relega uma menina de 11 anos à condição de reprodutora de filhotes para a adoção; o procurador Demétrius Macedo – um dos que falsamente dizem colocar Deus acima de tudo – ignora o dever da urbanidade e espanca sua chefe, colega de trabalho há mais de 10 anos; a Câmara de Vereadores de Curitiba (PR) cassa o mandato de um vereador negro do PT por participar de uma manifestação pacífica em defesa da vida, segundo a própria arquidiocese local, na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos: um ato público de repúdio ao assassinato do congolês Moïse Mugenyi, imigrante negro brutalmente assassinado no Rio de Janeiro ao reivindicar o salário que lhe era devido. Vê-se: as vidas negras não importam ao vereador Sidnei Toaldo, do partido Patriota, nem a outros 24 vereadores de Curitiba. A soma de todos esses eventos mostra a expansão estrutural da selvageria bolsonarista e a sua normalização, transmutando progressivamente a sociedade em alcateia: sujeitos que se tornam lobos e se devoram. Essa forma predatória de governança não é a única possível. A quem se indigna e se revolta por sentir as dores da ruptura com o pacto civilizatório pelo qual o Brasil vem passando, o FSMJD faz este chamamento para que manifeste o repúdio, para que se mobilize e se junte aos coletivos representantes das forças sociais. Sem esquecer o passado nem o presente de agonia, é preciso olhar para a frente, esperançar e se doar à luta por um país verdadeiramente justo, solidário e igualitário. O FSMJD repudia a governança bolsonarista e as práticas individuais da selvageria, porque

UM OUTRO MUNDO É POSSÍVEL!

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